Três informações que a mulher precisa saber sobre congelar, doar, receber e implantar óvulos e embriões

Índice

Última postagem
Gostou deste artigo?
Junte-se à nossa comunidade e seja atualizado toda semana Temos muito mais só para você! Vamos nos juntar a nós agora

O processo que vai da tomada de decisão por congelar os óvulos visando uma gravidez futura até a seleção de um embrião para a transferência, envolve custos físicos e emocionais, além de tomadas de decisão com sentimentos de empatia e sororidade. A Somos OVUM, femtech com objetivo de proporcionar às mulheres um conhecimento aprofundado sobre saúde reprodutiva, elenca dez informações importantes que as mulheres precisam saber cada etapa de preservação de fertilidade e reprodução assistida

A pesquisa também aponta que o câncer ou outras doenças graves são as razões mais comuns do congelamento precoce de óvulos, não a informação de que a possibilidade de engravidar se reduz com a idade. “As mulheres, em geral, não têm conhecimento de sua saúde reprodutiva. Prevenção a gravidez ainda é mais foco que a preservação de fertilidade futura”, lamenta a biomédica e geneticista Marcia Riboldi, founder da Somos OVUM. A partir das respostas à pesquisa, foi possível observar também que o ato de doar óvulos é visto com bastante empatia entre as mulheres, em especial pelas mais jovens, que têm uma abundância de óvulos descartados por mês. Por sua vez, existem muitos mitos que envolvem o congelamento de óvulos e isso gera uma janela de oportunidade para educação e aumento do awareness sobre o tema da fertilidade feminina. Pensando nisso, a Somos OVUM elenca dez informações importantes que as mulheres precisam saber sobre congelamento, doação e recepção e fertilização in vitro. 

1 – O que é e como é feito o congelamento de óvulos?

O congelamento de óvulos, tecnicamente denominado como criopreservação de oócitos, é um processo no qual os óvulos (oócitos) de uma mulher são analisados, extraídos, congelados e armazenados como um método para preservar o potencial reprodutivo em mulheres em idade reprodutiva. O congelamento de óvulos pode ser indicado para todas as mulheres que não podem ou não desejam engravidar no momento ou no futuro. Essa técnica possibilita, dentro de um planejamento pessoal ou familiar, adiar a gravidez, sendo uma boa opção para as mulheres, conhecedoras de sua fertilidade, que entendem que as suas chances de engravidar irão diminuir com o avanço da idade.  Vale ressaltar que quanto mais jovem for realizado o congelamento, melhor será a qualidade dos óvulos coletados e maiores serão as chances de sucesso da FIV a partir do embrião implantado.  A Organização Mundial de Saúde (OMS) define idade reprodutiva como sendo a faixa entre 15 e 49 anos, embora a mulher possa engravidar também em outras idades. No processo de congelamento, seguro e não invasivo, as pacientes passam pelos exames de hormônio antimulleriano (AMH) e ultrassom para contagem de folículos antrais, que configuram uma etapa fundamental para entender sobre a saúde reprodutiva, incluindo a reserva ovariana. Na sequência, os ovários são estimulados com medicamentos hormonais para que sejam produzidos vários óvulos. Os óvulos são coletados por meio de uma punção transvaginal. O material é avaliado por um embriologista e os óvulos são resfriados a temperaturas abaixo de zero (mantidos em containers de nitrogênio líquido) para serem descongelados posteriormente.

2 – Qual é o momento ideal para congelar os óvulos? 

Cada mulher tem o seu momento ideal para realizar esse tipo de tratamento. É importante que a tomada de decisão leve em conta o fator idade. Entre as consequências da decisão mais tardia por ser mãe está o fato de a probabilidade de gerar um bebê saudável diminuir de 3% a 5% ao ano após os 30 anos e decrescer de maneira exponencial após os 40. Por conta da redução da reserva ovariana como resultado do envelhecimento, a idade “ótima” em termos de fertilidade da mulher é 25 anos. Paralelamente, o momento mais seguro para pensar na preservação da fertilidade, na maioria das vezes, é antes dos 30 anos. Após essa idade, a taxa de perda de óvulos aumenta exponencialmente. Comparativamente, no momento da menarca (primeira menstruação), entre os 12 e 15 anos, as meninas possuem 500 mil folículos (estruturam localizadas nos ovários, que abrigam os óvulos). Os folículos são essenciais para que ocorra uma gravidez. A partir da primeira menstruação até aproximadamente os 30 anos, há 65.000 folículos. Entre os 30 e 40 anos há a perda de mil a 2 mil folículos por ciclo menstrual. Aos 40 anos, a mulher tem 25 mil folículos e, aos 52 anos, cerca de mil folículos.

3 – O envelhecimento é a única causa da baixa ou diminuição de reserva ovariana?

Embora o envelhecimento seja a principal causa de baixa reserva ovariana, há outras importantes causas, que vão de alterações genéticas até efeitos colaterais de tratamentos médicos. As causas de perda de reserva ovariana, além do fator idade, são os distúrbios genéticos que afetam o cromossomo X e mutações em genes como o BRCA, associado a maior predisposição ao desenvolvimento de câncer de mama e ovário; exposição à radiação ou quimioterapia (tratamento do câncer), realização de cirurgia nos ovários; perda de um ou ambos os ovários e condições autoimunes. Na presença destes fatores de risco de perda ovariana, antes de realizar o congelamento de óvulos, é realizado o exame de hormônio antimulleriano (AMH). Esse exame, responsável por estimar a atual reserva ovariana, é feito de forma não invasiva, com uma coleta de sangue, sendo importante para auxiliar o planejamento de tratamentos futuros de fertilização in vitro (FIV), além de ajudar a diagnosticar condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subsribe our newsletter

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

We never send you spam, instead, we give you a great chance. You can unsubscribe anytime